28 de junho de 2014

Jardim do Paraíso - Chahar Bagh | Paradise Garden - Chahar Bagh

Cá estou eu de novo!!!
 
Em primeiro lugar, as minhas desculpas pela "ausência", mas nem sempre o tempo dá para tudo o que queremos fazer, e de repente damos conta que algo ficou um pouquinho para trás...foi sem intenção e tentarei não tornar a fazê-lo...grata pela compreensão.
 
Bom, posto isto, estou de volta!!
 
E desta vez quero começar pelo princípio:
 
Todos os paisagistas começam a sua formação pela análise da paisagem e pela história do jardim, enquanto espaço de lazer jardinado.
 
E começando por este último, quero muito falar-vos do Chahar Bagh.
 
E agora a maioria de vocês está a pensar "passou-se, vai falar em árabe!!!"
Nada disso!
 
Vamos lá então conversar um pouco acerca da origem dos jardins.
 
A palavra inglesa Paradise (traduzida para português como paraíso) teve origem na antiga palavra persa pairidaeza ("pairi" = em redor e "daeza" = parede) e significava jardim murado. Esta designação aparece referenciada na Pérsia (hoje conhecida como Irão) já em 401 A.C.
 
A palavra paraíso entrou assim na linguagem ocidental para designar um jardim murado, ao estilo persa, com bosquetes de árvores e arbustos - como se se tratasse, do jardim ideal e eterno.
 
O Jardim do Paraíso era na sua essência, um espaço geométrico, quadrangular, rodeado por muros, atravessado por quatro canais de água que simbolizavam os quatro rios da vida e contendo (teoricamente) todos os frutos da terra (Jellicoe, 2004).
 
A esta tipologia foi dado o nome de Chahar Bagh. (confesso que ADORO!! dizer esta palavra...)
 
A palavra em si significa "quatro jardins" e aplica-se sempre que estamos perante um jardim dividido em espaços mais pequenos. Cada um destes espaços é designado de chenar e funciona como canteiro. Na interseção entre os quatro rios da vida podemos encontrar a chabutra - um pavilhão, um tanque de água ou um túmulo (como no caso do Taj Mahal).
Cada um dos elementos anteriores aparece sempre numa posição superior aos canais de água e no caso do tanque de água, este funciona como uma fonte de distribuição dessa mesma água.

Curioso mesmo é que os tradicionais tapetes persas são representações deste tipo de jardim, com a sua profusão de cores e plantas, nomeadamente árvores de fruto e flores (onde se destacam as rosas, muito apreciadas pelos persas, nomeadamente na culinária). Outro elemento presente nestes tapetes e nos jardins persas, era a Árvore da Lua, desenhada como uma conífera (possivelmente um cipreste) e que simbolizava a imortalidade.

A água assume um papel fundamental no Jardim do Paraíso, uma vez que nas regiões áridas e desérticas da antiga Pérsia esta era a única forma de manter vivos e verdejantes estes "pequenos oásis".

O Chahar Bagh teve as suas origens nos espaços cultivados do oásis, sendo essencialmente um espaço agrícola, que se transformou num espaço de lazer e contemplação, sendo precursor dos Jardins Islâmicos e dos Jardins Mughal, na Índia.

Ainda hoje esta tipologia serve como fonte de inspiração na conceção de jardins, devido à sua forma ortogonal e regular e aos princípios a ela associados, que são intemporais.

E agora, ficaram a adorar tanto como eu, este pedaço de história?

Prometo que trarei mais post acerca da história dos jardins, temática que me é muito querida.

Por hoje é tudo e aproveito para vos desejar uma boa noite de S. Pedro!!!!




 
Cuca

 
Fico à espera do seu comentário!!! Feel free...






Here I am again


Firstly, my apologies for the "absence", but there is not always time enough for everything we want to do, and suddenly we realize that something was a little behind ... was unintentional and I'll try not to do so ... thank you for your understanding.Well, this said, I'm back!

And this time I want to start at the beginning:

All landscapers begin their training by analyzing the landscape and the history of the garden, as an area of ​​landscaped leisure.

And beginning with this last one, I really want to talk about the Chahar Bagh.Now most of you are thinking "she snapped and she'll speak Arabic!"
None of that!

Let´s talk a little about the origin of the gardens.

The English word Paradise originated in ancient Persian word pairidaeza ("Pairi" = around and "daeza" = wall) and meant walled garden. This designation appears referenced in Persia (now called Iran) as early as 401 BC.The word paradise just entered the western language to designate a walled garden, Persian style, with clumps of trees and bushes garden - as if it were, the ideal and eternal garden. The Paradise Garden was in it´s essence, a geometric space, square, surrounded by walls, crossed by four channels of water that symbolize the four rivers of life and containing (theoretically) all the fruits of the earth (Jellicoe, 2004).

To this typology was given the name of Chahar Bagh. (I confess that I ADORE saying this word ...)

The word itself means "four gardens" and applies whenever we have a garden divided into smaller spaces. Each of these spaces is designated chenar and works like a raised bed. At the intersection between the four rivers of life we can find chabutra - a pavilion, a water tank or a tomb (as in the case of the Taj Mahal).
Each of the above elements always appear in a higher position to waterways and in the case of the water tank, it functions as a distribution source of that water.
 
 


 
 

Curious it 's that traditional Persian rugs are representations of this type of garden, with its profusion of colors and plants, including fruit trees and flowers (which features roses, much appreciated by the Persians, especially in cooking). Another elemento presente in these rugs and Persian gardenswas the Moon Tree, designed as a conifer (possibly cypress) and which symbolized immortality. Water plays a key role in the Paradise Garden, since in arid and desert regions of ancient Persia it was the only way to maintain alive and verdant these "little oasis".

The Chahar Bagh had its origins in the cultivated areas of the oasis, being essentially an agricultural area, which became a place of leisure and contemplation, being a precursor of Islamic Gardens and the Mughal Gardens in India.

Even today, this typology serves as a source of inspiration in the design of gardens, due to its orthogonal and regular basis and it´s associated principles, that are timeless.

And now, do you love this piece of history as much as I do?

I promise I will bring more post about the history of the gardens, a theme that is so dear to me.

This is all for today and I take the opportunity to wish you a good St. Peter's night!!


Cuca


I'm waiting for your comments! Feel free ...


 
 

7 de junho de 2014

Jardim de proximidade | Proximity garden

Olá de novo!
 
Hoje o tema que me leva a escrever é bastante pessoal.
 
Pessoal no sentido em que se trata de uma opinião e escolha bastante particulares, nada tendo de socialmente sustentado e sendo até um pouco irracional, mas....
 
Ora vamos lá então:
 
Não vos sei explicar muito bem porquê (e aqui entra a tal irracionalidade...), mas não simpatizo muito com as hortas de moradia, em contexto urbano. Desde que me entendo por gente que tenho esta ideia fixa de que as moradias devem ter jardins e não hortas!
Na minha cabeça as hortas "pertencem" ao meio rural...
 
Mas adoro a ideia de ter à disposição um espaço onde possa colher alguns "verdes" para consumo imediato. E agora, hein, em que ficamos?
 
Bem, juntamente com esta irracionalidade, estabeleci à alguns anos aquela que me parece ser uma solução perfeitamente razoável e exequível para muitos de nós (em particular para aqueles que moram em moradias unifamiliares).
 
E se o nosso jardim de proximidade (aquele que se desenvolve em redor das moradias, ou mesmo na sua frente/traseira) fosse "habitado" por plantas comestíveis de beleza paisagística?
 
O conceito parece estranho, mas não é e passo a explicá-lo.
 
Todas as plantas de produção agrícola apresentam características de grande beleza, perfeitamente passíveis de integrar num ambiente que se pretende de lazer e/ou enquadramento estético. Por isso, porque não usá-las com dupla função, aliando a forma à função? Em vez de horta, passaremos a ter um jardim comestível.
 
E para conseguir fazê-lo, devem ser estabelecidas algumas premissas:  
  1. Recorrer a espécies de cariz hortícola, associando-as a outros de cariz meramente ornamental - tendo o cuidado de não usar espécies tóxicas, para evitar acidentes... (prometo abordar as plantas tóxicas em post futuros!);
  2. Outro aspeto crucial é sem dúvida a forma do jardim. Sim, que isto de usar a velha esquadria formal para desenvolver o espaço de horta já era! Podemos - e quanto a mim devemos - projetar uma forma bonita e funcional, adequada à situação particular de cada moradia, que induza o cérebro a aceitar que se trata de um jardim;
  3. Introduzir elementos decorativos - como pérgulas, muros, mobiliário de jardim, fontes, entre tantos outros - que mais uma vez nos remetam para espaços jardinados;
  4. Escolher materiais facilmente identificados com jardins, nomeadamente no que toca a pavimentos e muros.
O próximo passo é a escolha das plantas. E aqui temos plantas para todos os gostos!
 
As videiras, as actinídeas (kiwis) e os maracujás, com as suas flores maravilhosas, são ótimas para revestir pérgulas, enquanto que os muros podem ser escondidos por trepadeiras como as framboeseiras, amoras selvagens, feijão verde, ervilhas ou ainda capuchinhas (Trophacolum majus), com as suas flores vibrantes!
 
Como herbáceas de revestimento do solo, podemos usar os tomilhos, os orégãos dourados, os morangueiros, as violetas (Viola odorata) ou ainda as camomilas.
A escolha de arbustivas facilmente recairá nas inúmeras aromáticas existentes, como as alfazemas, o rosmaninho ou o alecrim (a colocar em locais de passagem ou estadia, para potenciar os seus aromas), bem como nos mirtilos, groselhas, murtas e romãs.
 
Com um pouco de imaginação, conseguimos enquadrar plantas como as batateiras (de lindas flores), as cenouras (com folhagem delicada), as mostardas e até os alhos, cebolas e alho francês. Os tomateiros e os pimentos destacam-se lindamente em macetas, dada a sua folhagem de um verde intenso e as suas flores e frutos coloridos.
 
E que dizer das couves-flor, brócolos e couves-roxas plantadas em filas ou alternadas?  Conseguem só imaginar?
E as flores comestíveis como a borragem, as prímulas, as calêndulas, as rosas e as túlipas, que bem ficam em qualquer cantinho!  
 
Como "chá decorativo", podemos usar o limonete, a erva-príncipe, a erva-cidreira, o funcho ou ainda a hortelã.   
Para terminar e para fazer um pouco de sombra ao nosso jardim (e não só), podemos usar as tílias (muito aromáticas), as cerejeiras (de linda floração), as laranjeiras e muitas outras fruteiras!
 
Depois destas dicas, aposto que ficaram com vontade de experimentar, não? Ideias não faltam e o difícil é escolher...
E assim transformamos as (por vezes) inestéticas hortas, em espaços prazerosos, de grande beleza e utilidade. Sou fervorosa adepta de aliar a forma à função. Porque hão-de andar elas de costas viradas?   
 
 
 
 
 
  
Deixo-vos uma última sugestão: cuidado com a aplicação de fitofármacos, uma vez que os produtos são para consumo humano...
 
E, caso já tenham em vossas casas um jardim comestível, digam e mostrem-no por aqui!
 
Continuação de bom trabalho e, já agora, tenham uma boa semana!


Cuca




Fico à espera do seu comentário!!! Feel free...







Hello again!

Today the topic that leads me to write is very personal.

Personal in the sense that it is an opinion and a very specific choice, not socially sustained and even being a bit irrational, but ....

Well come on then:

I do not know how to explain you why (and here comes the irrationality...), but I do not sympathize with housing vegetable gardens in an urban context.
Since I can remembre, I have this fixed idea that dwellings should have gardens and not vegetable gardens! In my mind they "belong" to countryside ...

But I love the idea of ​​having available a space where you can reap some "green" for immediate consumption.
And now, huh, were do we stay?

Well, along with this irrationality, I've established some years ago, what it seems to me a perfectly reasonable and feasible solution, for many of us (particularly those living in single family dwellings).

And if our proximity garden (one that develops around the villas, or even in their front/rear) was "inhabited" by edible plants of scenic beauty?

The concept seems strange, but it's not and I'll explain it to you.

All plants of agricultural production have features of great beauty, perfectly capable of integrating an environment that is intended for recreational and/or aesthetic framework. So why not use them with dual function, combining form to function?
Instead of the vegetable garden, we will have an edible garden.

And to get to do it, some assumptions must be made:

1. Use species of horticultural nature, linking them to other purely ornamental - taking care not to use toxic species to avoid accidents ... (I promise to address the toxic plants in future post!);
2. Another crucial aspect is undoubtedly the form of the garden. Yes, because using the old formal square to develop the garden space is out of fashion! We can - and in my point of view we should - design a beautiful and functional form, appropriate to the particular situation of each villa, which induces the brain to accept that that is a garden;
3. Introduce decorative elements - such as pergolas, fences, garden furniture, fountains, among many others - referring again to the gardened spaces;
4. Choose materials easily identified with gardens, particularly with regard to floors and walls.

The next step is to choose the plants.
And here we have plants for every taste!

Vines, actinidia (kiwifruit) and passionfruit, with its wondeful flowers, are great for covering arbors, while the walls may be hidden by vines as raspberries, wild blueberries, green beans, peas or nasturtiums (Trophacolum majus), with its vibrant flowers!

As herbaceous ground coating, we can use thyme, golden oregano, strawberries, violets (Viola odorata) or chamomiles.
Choosing shrubs will easily fall in numerous aromatic ones, such as lavender or rosemary (to put on the pathway or stay area, to enhance their flavors) as well as in blueberries, currants, pomegranates and myrtles.

With a little imagination, we could fit plants such as potato plants (of beautiful flowers), carrots (with delicate foliage), mustards and even garlic, onions and leeks.
The tomatoes and peppers stand out beautifully in flowerpots, given its rich green foliage and its flowers and colorful fruits.

And what of cauliflower, broccoli and red cabbage planted in rows or alternate?
Can you just imagine?

And edible flowers, as borage, primroses, marigolds, roses and tulips, which will go well in any corner!

As "decorative tea", we can use verbena, lemongrass, lemon balm, fennel or mint.

To finish and to bring a bit of shade to our garden (and not only), we can use linden trees (very aromatic), cherry trees (lovely flowering), orange trees and so many other fruit trees!

After these tips, I bet you are willing to try, no?
Ideas abound and it's difficult to choose ...

And so we transform the (sometimes) ugly vegetable gardens in pleasant places of great beauty and utility. I am a fervent supporter of combining shape and function. Why should they be walking back turned?
 
 
 
 
 

 
 
I leave you one last hint: be careful with the application of phytochemicals, since the products are for human consumption ...

And if you already have in your house an edible garden, tell me and show it here!

Keep up the good work and have a good week!



Cuca




I'm waiting for your comments! Feel free ...
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 

2 de junho de 2014

Rotundas: simples ou ajardinadas? | Roundabouts: simple or gardened?

Seja bem vindo, quem vier por bem...
 
Depois de uma semana meio doida...dei comigo a pensar qual o tema que deveria debater convosco. E de imediato me ocorreram as rotundas!
 
Sim, porque as rotundas têm muito que se lhes diga; muito mais do que parece...

Segundo este link, e por definição, rotunda é uma "praça circular de onde partem as ruas".
Ora se assim é, devemos decorar essas praças para que se tornem mais apelativas, certo?

Errado!!!!!

Grande parte das autarquias e restantes entidades responsáveis pela gestão das vias de comunicação nacionais, tem uma estranha apetência pela "decoração" das rotundas das nossas vilas e cidades (e até de algumas aldeias...).
E curiosamente a população, de um modo geral, parece apreciar este tipo de iniciativa.

Mas é exatamente aqui que começa o problema...

Senão vejamos:

A função das rotundas passa essencialmente pela distribuição rápida e expedita do tráfego motorizado, por vezes intenso, sem recurso a semáforos, ou qualquer outro método.
Nessa perspetiva, dever-se-á promover as melhores condições para que tal ocorra em segurança.

E que me dizem desta bela rotunda?

   

in: http://marafado.files.wordpress.com/2010/07/foto-joao-xavier-rotunda-dos-descobrimentos.jpg



e desta ainda, tão verdejante?




in: http://odoloeventual.blogspot.pt/2006/10/as-mais-belas-rotundas-de-portugal-35.HTML



Bonitas, não são? Aposto que chamaram a vossa atenção, verdade?

Um dos problemas é mesmo esse: chama a atenção!
E se chama a atenção para a "praça", distrai a atenção da estrada....

A quantos de nós não aconteceu já, tentarmos apreciar algumas rotundas que contornamos e de repente sentir o carro a "fugir" para algum sítio, pois desviámos o olhar da estrada?

E mais, se pensarmos de um ponto de vista técnico e prático, facilmente percebemos que a manutenção de espaços desta natureza envolve toda uma logística difícil de coadunar com a utilização das faixas de rodagem.

Trocado por miúdos: imaginem só a dificuldade que os jardineiros têm para transportar o material de trabalho (corta relvas, tesouras, tesourões, sacos de lixos, adubos, enxadas,...) e os restos dos materiais verdes resultantes de podas, cortes de relva e outros, de e para a rotunda...
E já agora que estão na crista da onda, imaginem também como é fácil proceder à lavagem de fontes luminosas (e não só) e reparação de equipamento, bem no meio da estrada!!
E a sorte que eles têm em chegar ao final do dia vivinhos e sem nenhum arranhão, depois de tanta ginástica...

Voltando à questão inicial, será racional e útil decorar as rotundas desta forma tão exuberante?
 
Na minha humilde perspetiva, enquanto cidadã e paisagista, mais uma vez me parece que deveria predominar o bom senso. As rotundas exercem uma importante função na regulação do trânsito e PONTO.
É imprescindível que se entenda o perigo que representam todas as outras utilidades que se lhe possam atribuir, quando estas conduzem à distração dos condutores.
Existem inúmeros materiais passíveis de ser usados no revestimento/pavimentação das rotundas, com função decorativa, mas de forma discreta. Falo concretamente dos diferentes tipos de cascalho, casca de pinheiro, variados inertes existentes no mercado e até mesmo o tradicional e simples relvado.
Não compliquemos o que é fácil.

Se as autarquias têm disponibilidade financeira e interesse em embelezar os seus municípios, com toda a certeza terão oportunidade de o fazer, recorrendo para o efeito à construção de jardins de proximidade, nas zonas perto de escolas ou outros espaços públicos, à construção de parques infantis (ainda que de pequenas dimensões) junto às zonas residenciais, à plantação de árvores de arruamento, à construção de barreiras de vegetação ao longo dos passeios e a tantas outras formas de introduzir o verde e a beleza nas suas povoações.
De certo que a população apreciaria muito mais, com a vantagem de poder usufruir desses espaços...

E por hoje ficamos por aqui. Reflitam um pouco nesta mensagem e, se partilharem do seu conteúdo, transmitam-na aos que vos são mais próximos. Pode ser que, com jeitinho, acabe por chegar aos ouvidos de quem de direito....

Uma boa semana a todos e vemo-nos por aqui...



Cuca




Fico à espera do seu comentário!!! Feel free...










Welcome, whoever comes well...

After a week a little bit crazy...I found myself wondering what theme should I discuss with you.
And immediately roundabouts occurred to me!


Yes, because roundabouts have much to say about them; much more than it meets the eye...

According to this link, and by definition, a roundabout is  a "circular square from where streets begin."
Well if so, we should decorate these squares to make them more appealing, right?

Wrong ! !

Many municipalities and other entities responsible for the management of national routes of communication, have a strange appetite for "decorating" roundabouts of towns and cities (and even some villages...).

And, interestingly, population in general, seem to enjoy this type of initiative.

But that is exactly where the problem starts ...

Consider this:
The function of roundabouts goes essentially by quick and expeditious distribution of  sometimes intense motorized traffic, without using semaphores, or any other method .In that perspective, it should promote the best conditions for this to occur safely.And what do you think about this beautiful roundabout?


   

in: http://marafado.files.wordpress.com/2010/07/foto-joao-xavier-rotunda-dos-descobrimentos.jpg



and this one, so green?




in: http://odoloeventual.blogspot.pt/2006/10/as-mais-belas-rotundas-de-portugal-35.HTML


Pretty, aren't they? I bet that they caught your attention, right?

One of the problems is exactly that: they draw attention!

And if it draws attention to the "square ", it distracts attention from the road...


How many of us did already tried to enjoy some roundabouts and suddenly felt the car "running away", because we deviated the look of the road?


Plus, if we think of a technical and practical point of view, we'll easily realize that maintaining spaces of this nature involves a whole difficult logistics, not consistent with the use of lanes.Just imagine the difficulty that gardeners have to carry the work material (mower, shears, loppers, bags of garbage, fertilizers, hoes,...) and the remains of green materials resulting from pruning cuts, grass and others, to and from the roundabout...


And while you are thinking of it, imagine how easy it should be to clean fountains (with or without lightning) and repair any equipment, right in the middle of the road!


And how lucky workers are by getting alive through the end of the day...


Returning to the initial question, is it rational and helpful decorating roundabouts so lush?In my humble perspective, as a citizen and landscaper, once again it seems to me that common sense should prevail. Roundabouts play an important role in regulating the traffic and THATS IT!


It is essential to understand the danger of all other utilities that you can assign, when they lead to distraction of drivers.There are numerous materials that could be used in the coating/flooring of roundabouts, with decorative function, but discreetly. I speak specifically of the different types of gravel, pine bark, various aggregates existing in the market and even the traditional and simple lawn.

Do not complicate what is simple.

If municipalities have financial availability and interest in beautifying their cities, they will have the opportunity to do so, by constructing proximity gardens in areas near schools or other public spaces, building playgrounds (even if they're small) next to residential areas, planting trees along sidewalks, constructing vegetation barriers along sidewalks and so many other ways to introduce green and beauty in their villages.I'm sure that people would appreciate much more, with the advantage that they would be able to enjoy these spaces...


And that´s all for today. Reflect a bit in this message and, if you share of it content, transmit it to those close to you. It may be that, nicely, it will eventually reach the ears of those eligible...


A good weekend everyone and see you here...

Cuca





I'm waiting for your comments! Feel free ...