23 de maio de 2014

Hortas Urbanas - Um dilema | Urban Vegetable Gardens - A dilemma

Cá estou eu de novo!!
 
Mas desta vez com um dilema - pelo menos para mim surge como um dilema, e dos grandes!
 
Apesar de ter crescido num meio urbano, naquele tempo (eu ainda sou do tempo...) era comum encontrar no meio das cidades pequenas hortas, onde proliferava a desordem e o salve-se quem puder.
 
Em certos terrenos, na sua maioria qualificados como expectantes, nasciam estas hortas urbanas, sem conhecimento ou permissão dos respetivos proprietários (públicos ou privados).
Nelas proliferavam as couves, as tomates (sim, as tomates, porque segundo a sapiência do meu avô, "dizer os tomates pode ser mal interpretado"), as ervilhas, as favas, os pimentos, o milho e muitos outros produtos hortícolas, por vezes associados a alguns animais de pequeno porte, como as galinhas e os coelhos.
 
Talvez por este motivo tenha alguma relutância em aceitar a crescente onda de hortas urbanas que têm vindo a surgir um pouco por todo o país.
 
E aqui surge o dilema, hortas urbanas, sim ou não? Bom ou mau?
 
Como já tive oportunidade de referir noutro post, acredito que tudo na vida tem pelo menos 2 perspetivas e por isso me sinto tão dividida - ainda que de certa forma decidida - no que toca à resposta a esta questão.
 
Tentando responder de uma forma coerente e começando pelo prisma social, não tenho dúvida que estes espaços exercem uma função de recreio e ocupação de tempos livres, em especial para os mais idosos e eventualmente para os desempregados.
Paralelamente, também funcionam como um complemento do orçamento familiar, por vezes débil e/ou debilitado. 
Não esqueçamos também a perspetiva pedagógica, no que toca a crianças e jovens.
 
E estes parecem-me a mim os principais aspetos positivos deste tipo de ocupação do solo.
Mas, no reverso da medalha, analisemos também os negativos.
 
Em que tipo de solos estão as plantas a ser produzidas?
Muitos desses solos estão contaminados pela proximidade com vias de comunicação principais (com resíduos de combustível, óleos, alcatrão,...), com cursos de água poluída e não potável (de onde por vezes é retirada a água para regar...), com zonas intensamente urbanizadas e  tantas outras situações quanto as que podem certamente imaginar.
 
Por outro lado, de que forma são geridas essas hortas? Sim, porque nem todas são públicas, atribuídas pelas autarquias.
  • Que fertilizantes, pesticidas e outros que tais são usados na produção dos produtos hortícolas? Terá o "homem da cidade" experiência e capacidade de racionalizar a utilização de químicos que desconhece, não tendo por base qualquer tipo de aconselhamento sanitário (relativo a substâncias ativas, doses, épocas e métodos de utilização,...)?
  • Que recursos são usados no auxílio à produção? E aqui refiro-me a todos os plásticos de "vedação" do espaço, sacos de plástico, tutores de crescimento, depósitos de água (e não só) e demais materiais que são reaproveitados de outras funções e que por vezes se traduzem num acumular de lixo, que acaba também ele por contaminar o espaço.

E por fim, que uso é dado aos produtos obtidos?
Se se trata de autoconsumo, estes "horticultores" estão a alimentar-se de produtos de qualidade duvidosa, mas pior ainda se os transacionam como "caseiros", contaminando quem nada tem a ver com este sistema de produção.
 
E sem contar com o impacto visual que alguns destes espaços têm na paisagem...

                                     Hortas nos Olivais, Lisboa (retirada de http://www.cm-lisboa.pt/)


E agora, que pensam das hortas urbanas? Também ficaram com sérias dúvidas acerca da sua "disseminação"? Concordam comigo quando digo que as hortas urbanas talvez não sejam uma ideia assim tão brilhante?

Bem sei que esta minha forma de olhar para este assunto é desaprovada pela maioria dos paisagistas, até porque as hortas urbanas estão na moda. Mas nem tudo o que está na moda é bom...(pensem nos saltos agulha altíssimos que as senhoras gostam de usar a pensar no fator estético e que tanto prejudicam a coluna...)

Na minha humilde opinião, está na hora de olhar para esta temática de uma forma mais séria e responsável. E não é por se tratar de hortas urbanas de gestão pública (das autarquias) que são muito melhores...não tenham ilusões.

Sejamos pragmáticos, sem receio de racionalizar de forma contrária à maioria.

E sejamos honestos na forma de olhar para o mundo.

Dependendo da forma como são instaladas/geridas, talvez estas hortas apresentem mais benefícios que desvantagens, mas vale a pena pensar nisso, não acham?

Bom fim de semana a todos e aproveitem a melhoria do tempo (pelo menos está prevista....) para dar grandes passeios ao ar livre!



Cuca


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Here am I again!


But this time with a dilemma - at least for me arises as a dilemma, and a big one!

Despite having grown up in an urban environment, at that time it was common to find in the middle of small towns, gardens (to produce vegetables) where proliferated clutter.


In some plots, mostly qualified as expectant, these urban gardens born without knowledge or permission of their respective owners (public or private).In them proliferated cabbages, tomatoes, peas, beans, peppers, corn and many other vegetables, sometimes associated with some small animals, such as chickens and rabbits.

Perhaps for this reason I feel some reluctance to accept the rising tide of urban gardens, that have been emerging across the country.

And here comes the dilemma, urban gardens, yes or no? Good or bad?

As I have already mentioned in another post, I believe that everything in life has at least 2 perspectives and that's why I feel so torn - although somewhat decided - as regards the answer to this question.

Trying to respond coherently and starting with the social perspective, I have no doubt that these spaces play na important role in recreation and leisure activities, especially for older people and, eventually, for the unemployed. In parallel, they also act as a supplement to the family budget, often weak and/or debilitated. And don't forget the pedagogical perspective, towards children and young people.

And these seem to me the main positive aspects of this type of land use.
But let's also analyze the negative ones.

In what kind of soil are plants being produced?
Many of these soils are contaminated by the proximity to major routes of communication (with waste fuel, oil, tar,...), with waterways polluted and undrinkable (where sometimes the water is withdrawn and used to irrigate...), with intensely urbanized areas and many other situations as those as you can certainly imagine.

On the other hand, how are these gardens being managed? Yes, because not all of them are public, assigned by the local authorities.

What fertilizers, pesticides and others are used in the production of vegetables? Has "city man" the experience and ability to rationalize the use of chemicals that are unaware to him, not based on any kind of health advice (concerning active substances, doses, times and methods of use,...)?
What resources are used to aid production? And here I refer to all the plastics used as fence, plastic bags, growth tutors, water tanks and other materials that are reused from other functions and that sometimes translate into accumulation of garbage, which will end up contaminating the space.

And finally, what use is given to those vegetables?
If it comes to self-consumption, these "gardeners" are feeding on products of dubious quality, but it's even worse if they transact them as "homemade", contaminating anyone that doesn't have anything to do with this production system.

And in addition to the visual impact that some of these spaces have on the landscape...


                                     Urban vegetable gardens in Olivais, Lisboa (withdrawned of http://www.cm-lisboa.pt/)


And now, what do you think of urban gardens? Also left with serious doubts about their "spread"? Agree with me that urban gardens may not be such a brilliant idea?


I know that my way of looking at this issue is disapproved by most landscapers, because the urban gardens are trendy. But not everything that is trendy is good...(think about the towering stiletto heels that ladies like to use, as an aesthetic factor, and that will harm their spine...)

In my humble opinion, it's time to look at this issue in a more serious and responsible way. And don't you think because they're public managed (by local authorities), they are much better... do not have illusions.

Let's be pragmatic, unafraid to rationalize contrary to most people.


And let's be honest in the way of looking at the world.

Depending on how they are installed/managed, these gardens may have more benefits than disadvantages, but it is worth thinking about, don't you think?

Good weekend to you all and enjoy the sun to take long walks outdoors!


Cuca
 

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21 de maio de 2014

Planta do dia - Sabugueiro | Elderberry

Mais uma vez sejam bem vindos a este cantinho de paisagem...
 
E porque basta andar pela rua para apreciar o fenómeno, hoje vou-vos falar um pouco acerca do sabugueiro (Sambucus nigra L.).
 
De facto, aqui no hemisfério norte, o sabugueiro encontra-se em plena e lindíssima floração!
Os campos - mas também os espaços urbanos - estão repletos de flores brancas e aromáticas, que nos levam a virar a cabeça para apreciar melhor tamanha beleza.
 
 
 



 
 
 
O sabugueiro é uma planta arbustiva frequentemente espontânea, que surge em sebes e nas margens de campos e rios. Está disseminado um pouco por toda a Europa, Ásia e norte de África (devido à sua robustez e capacidade de adaptação a diferentes meios) e as suas inflorescências umbelíferas são bastante utilizadas para o consumo humano, uma vez que são comestíveis e têm propriedades medicinais.
Em oposição, o consumo de qualquer uma das suas partes vegetativas (folhas, caules, ramos, raízes) está totalmente desaconselhado, pois estas podem tornar-se tóxicas, dependendo das quantidades ingeridas.
 
As flores de sabugueiro (preferencialmente secas, pois tornam-se mais doces) servem para fazer chá, com propriedades anti-inflamatórias e aconselhado em situações de constipações e afeções da garganta.
Podem ainda ser adicionadas a compotas, doces e geleias (no final da cozedura) ou ainda em várias outras sobremesas (com arroz doce fica uma delícia!), uma vez que são bastante doces e conferem um sabor muito agradável.
 
As bagas - drupas - depois de cozidas ou fermentadas, podem também ser utilizadas no consumo humano (de forma semelhante a frutos do bosque), mas as suas características tintureiras levaram a que, ao longo dos séculos, tenham vindo a ser utilizadas como corantes na indústria têxtil e na vinificação (xiiiiuuuuu....ninguém gosta de reconhecer que as suas uvas são pouco coradas.....).
 
Posto isto, e num contexto meramente paisagístico, digo-vos que são excelentes para espaços verdes utilizados por crianças, que sentem GRANDE tendência para mexer e consumir flores e bagas. Destaco os parques infantis e os parques urbanos e desafio-vos a introduzir alguns pés de sabugueiro no vosso jardim familiar, ou ainda em espaços públicos próximos da vossa casa. Será a melhor forma de usufruir das suas flores, de uma perspetiva visual, mas também culinária!
 
Mas não se esqueçam de regar, pois necessitam de ambientes húmidos, tendo preferência por solos com alguma acidez, frescos e ricos em azoto.
 
Agora, toca a ir para a rua disfrutar dos lindos sabugueiros que a natureza têm para nos oferecer!
 
 

Cuca


Fico à espera do seu comentário!!! Feel free...






Once again welcome to this little corner of landscape ...

And just because walking down the street is enough to enjoy the phenomenon, you'll now talk a little about the elderberry (Sambucus nigra L.).

In fact, here in the northern hemisphere, the elderberry is in full bloom and beautiful!

The country side - but also urban spaces - is filled with white 
and aromatic flowers, which lead us to turn our heads to better appreciate such beauty.

 
  
 
 
 
 
 
 
 
 

The elderberry is a shrubby plant often spontaneous, arising in hedges and on the edges of fields and rivers. It is spread almost everywhere in Europe, Asia and North Africa (due to their robustness and ability to adapt to different places) and their Umbelliferae inflorescences are widely used for human consumption, since they are edible and have medicinal properties. In contrast, the use of any of its vegetative parts (leaves, stems, branches, roots) is strongly discouraged as these may become toxic, depending on the amounts ingested.

The elderberry flowers (preferably dry , as they become sweeter) are used to make tea, with anti - inflammatory properties and desirable in situations of colds and affections of the throat. They may also be added to compotes, jams and jellies (at the end of cooking ), or in various other desserts (with sweet rice is delicious!), since they are very sweet and impart a very pleasant taste.

Berries - drupe - after being cooked or fermented, may also be used for human consumption (similar to wild berries form), but their colouring characteristics, have led over the centuries, to use them as colorants in
textile industry and winemaking (xuuuuu. ... no one likes to admit that their grapes are poorly stained .....).

That said, and in a purely landscape context, I tell you that they are excellent for green spaces used by children, who feel GREAT tendency to shake and consume flowers and berries. I highlight the playgrounds and urban parks and challenge you to introduce some elderberry in your family garden or in public spaces close to your house. It i
s the best way to enjoy your flowers, in a visual perspective, but also in cooking!

But do not forget to water rhem, since they require moist environments, with preference for soils with some acidity, fresh and rich in nitrogen.

Now , let's go out and enjoy the beautiful elderberry that nature has to offer us!


Cuca
 

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14 de maio de 2014

Natural vs Naturalizado - uma reflexão | Natural vs. Naturalized - some reflection

Olá de novo,
 
Considero que este é de facto o primeiro post do blog, pois o anterior limitou-se a ser uma apresentação do que iria passar-se neste endereço....
 
Posto isto, digo-vos que foi bastante difícil para mim escolher o tema de hoje, ideias a mais!
 
Mas agora que está escolhido, vamos ver como corre o devaneio.
 
Reconhecem o local da imagem?




Para aqueles que não conhecem, trata-se de uma pequenina parte do "nosso" Douro, o nosso rio e a nossa paisagem classificada (retirada do Google Earth). A nossa maravilhosa paisagem classificada!!!
 
E já agora, acham que se trata de uma paisagem natural ou humanizada?
 
Pois é, não é muito fácil de decidir, mas de facto trata-se de uma paisagem perfeitamente humanizada, num espaço muito natural....
 
Numa das minhas primeiras aulas na universidade, ouvi um professor - muito fantástico, diga-se de passagem e que ainda hoje leciona - dizer que "o agricultor é o arquiteto da paisagem". Depois disso, ouvi a mesma frase de muitos outros especialistas, que partilham dessa opinião, mas nenhum surtiu em mim o mesmo impacto.
 
De facto, as paisagens rurais são tudo menos naturais, com os agricultores a exercerem um papel fundamental no ordenamento do espaço.
Mas nos dias que correm, apesar de todos os conhecimentos disponíveis e amplamente divulgados, ficamos com a sensação que esses arquitetos têm vindo a perder a sensibilidade para a racionalização do seu conhecimento empírico, que lhes permitiu outrora dispor do território de uma forma ordenada e coerente.
 
Por norma, os terrenos agrícolas situavam-se nas zonas mais baixas, de terrenos mais férteis e junto das linhas de água, as habitações eram remetidas para a meia encosta e as vias de comunicação para os locais mais elevados.
Com esta distribuição, era possível aproveitar os melhores terrenos para a produção agrícola e os piores para as estradas e caminhos.
 
Se olharmos para a Região Demarcada do Douro, podemos admirar esta distribuição nas quintas mais antigas, mas o mesmo não se aplica às novas construções e plantações.
Atualmente a vinha é plantada quase indiscriminadamente um pouco por toda a região, levando ao extremo a adaptação das plantas às condições edafoclimáticas e desperdiçando o conhecimento que levou séculos a acumular.
É usual encontrar plantações extremes de vinha (economicamente correto, mas ambientalmente errado...), que não respeitam as linhas de água existentes e onde a inclinação é por vezes superior à desejada...
E nem as normas existentes, nem as instituições reguladoras parecem pôr termo a este regime "super intensivo", em que o objetivo está para lá de uma coabitação saudável com a natureza.

Então em que ficamos? Produção economicamente rentável ou respeito pela natureza?

Estou convicta que ambos os parâmetros podem andar de mãos dadas, bastando para isso que se recorra ao comum (mas por vezes esquecido!) bom senso, em conjunto com a aplicação rigorosa da regulamentação existente.
Também acredito que seja necessária uma reeducação e sensibilização dos produtores agrícolas para esta temática, pois são eles os maiores interessados na preservação de um modo de produção ancestral e indispensável para a economia local.

É importante que nos lembremos que o natural e o naturalizado são, como dizem os brasileiros, "farinha do mesmo saco" e que não subsistem por si só.

Regressaremos a este tema uma e outra vez, pois julgo que é uma das maiores dificuldades do ordenamento do espaço com que nos debatemos, numa época em que o lucro fácil se torna aliciante....

E agora vou ali admirar o nosso Douro e volto já!
 
 
 
Cuca


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Hello again,

For me, this is in fact the first blog post, since the previous was merely a presentation of what was going to happen in this address ....

That said, I tell you it was pretty hard for me to choose the topic for todaytoo many ideas!

But now that it's chosen, we'll see how the reverie goes.

Recognize the location in the picture?


 
 
  
 
 For those unfamiliar , this is a tiny part of " our" Douro, our river and our classified landscape (taken from Google Earth ). Our wonderful classified landscape!

And by the way, do you think that it is a natural or a humanized landscape?

Yeah, it's not very easy to decide, but in fact it is a perfectly humanized landscape in a very natural space ....

In one of my first classes at the university, I heard a teacher - a fantastic teacher, let it be said, that still teaches there - saying that "the farmer is the landscape architect".
After that, I heard many other experts saying the same phrase, but none has had the same impact on me.

In fact, rural landscapes are anything but natural, with farmers exerting a key role in spatial planning.But these days, despite all the knowledge available and widely spread, we get the feeling that these architects have lost sensitivity to the rationalization of their empirical knowledge, which allowed them to formerly dispose of the territory in an orderly and consistent manner.

Usually, farmlands were located in low áreas, of more fertile land and along water lines, residential units were sent to the hillside and communication pathways to higher places.
With this distribution, it was possible to use the best land for agricultural production and the worst one for roads and paths.

If we look at the Douro Region, this distribution can be admired in the oldest farms, but the same does not apply to new construction and plantations.Currently the vineyard is planted almost indiscriminately all over the region, leading plants to an extreme adaptation to environmental conditions and wasting the knowledge that has taken centuries to accumulate.It is usual to find extremes vine plantations (economically correct, but environmentally wrong ...), not meeting the existing water lines and where the slope is sometimes higher than the desired ...
And not even the existing standards or regulatory institutions seem to stop this "super intensive" regime, in which the goal is beyond a healthy coexistence with nature.

So, where do we stand?
Economically profitable production or respect for nature?

I am convinced that both parameters can walk side by side, simply by recourse to common (but sometimes forgotten!) common sense, together with the strict enforcement of existing regulations.I also believe that a re-education and sensibilization of farmers to this issue is needed, as they are the most interested in preserving a traditional way of production, essential for the local economy.

It is important to remember that natural and humanized are, like Brazilians say, "birds of a feather" and that they don't survive alone.

We'll return to this theme overand over again, because I believe that this is one of the major difficulties of spatial planning that we face, in a time when easy money becomes very attractive ....

And now, I'm going to admire our Douro and I'll be back soon!
CucaI'm waiting for your comments! Feel free ...


13 de maio de 2014

O Ponto de Partida | The Starting Point

Olá a todos os que aí estão, interessados nestas questões da paisagem e do paisagismo.
 
O meu nome é Cuca e este blog surge da minha necessidade de partilhar algumas das questões que fervilham na minha mente acerca da temática central da natureza, mas de um prisma mais ou menos antropomórfico, em que o Homem surge quase sempre como promotor dos espaços existentes.
 
Admito que sou uma fervorosa admiradora dos espaços transformados pela ação do Homem, mesmo que essa ação se apresente subtil e dissimulada. No entanto, a paisagem natural revela-se quase sempre tão deslumbrante, que é necessária uma sensibilidade enorme no momento de que se torna inevitável programar uma intervenção.  
E é aqui que surge a arte de trabalhar com as pré-existências, com o génio do local, no sentido de alcançar um equilíbrio muitas vezes ténue.
 
Assim surge o paisagismo, na sua forma mais pura de "ordenamento da paisagem", muito para além do simples jardim de proximidade, nas nossas casas ou locais de trabalho.
O paisagismo - por vezes liderado pela arquitetura paisagista - deve promover esse equilíbrio, sob pena de se perderem as características da paisagem, não só ao nível formal, mas essencialmente ao nível funcional.
 
Neste blog pretendo abordar assuntos tão abrangentes como a conceção e/ou recuperação de jardins - públicos ou privados - o ordenamento da paisagem e do território, a gestão dos espaços naturais, o urbanismo e tantos outros que se tornaria exaustivo enumerá-los.
 
Mas porque pretendo que este seja também um espaço de partilha de ideias, convido-os desde já a comentar os temas abordados e a sugerir outros que gostassem de ver referidos. 
Só assim fará sentido continuar com estes "devaneios". Não gosto de verdades absolutas e acredito firmemente que cada questão tem, pelo menos, duas perspetivas. E quantas mais melhor!
 
Bem vindos a este blog e apareçam sempre que quiserem e/ou puderem! Estarei à vossa espera no jardim, a apanhar sol e a admirar a paisagem.....




Cuca


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Hello to all who are there, interested in these issues of landscape and landscaping.

My name is Cuca and this blog comes from my need to share some of the questions buzzing in my mind about the central theme of nature, but of a more or less anthropomorphic prism, in which the man is almost always as a promoter of existing spaces
.

I admit that I am a fervent admirer of the spaces transformed by human action, even if that action is presented subtle and covert.
However, the natural landscape reveals itself almost always so stunning, a great sensitivity is required when it becomes inevitable to schedule an intervention.And it is here that appears the art of working with pre-existing, with the genius of the place, in order to achieve a balance, often so tenuous.
Thus arises the landscaping, in its purest form "landscape planning", far beyond the simple proximity garden, in our homes or workplaces.Landscaping - sometimes led by landscape architecture - should promote this balance, under penalty of losing the characteristics of the landscape, not only at a formal level, but essentially at a functional level.
In this blog I intend to address issues as broad as the design and / or recovery of gardens - public or private - spatial and landscape planning, management of natural spaces, urbanism and many others who would become exhaustive to list.
But because I also want this to be a space for sharing ideas, I invite you right now to review the topics covered and suggest other 'd like to see listed.Only then it would make sense to continue with these "daydreams" . I do not like absolutes and I firmly believe that every issue has, at least, two perspectives. And the more the better!
Welcome to this blog and show up whenever you want and / or can ! I'll be waiting for you in the garden, sunbathing and admiring the scenery .....

Cuca

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